Loujain, ativista saudita presa por dirigir não dá notícias há três semanas

A Arábia Saudita deve divulgar imediatamente a situação da ativista detida Loujain Al-Hathloul, que não entra em contato com sua família há três semanas e não pode receber visitas há mais de dois meses, informou ontem o grupo de direitos dos Prisioneiros de Consciência.

A família de Al-Hathloul disse que não conseguiu entrar em contato com ela.

“Exigimos que as autoridades sauditas divulguem imediatamente a situação e o estado de saúde de Loujain Al-Hathloul, permitindo que ela se comunique com sua família e liberte-a imediatamente sem demora ou pré-condições”, acrescentaram os ativistas.

“A negação contínua do direito de comunicação da ativista é legalmente inaceitável, e não devemos esquecer que sua prisão também é inválida, e o crime de torturá-la brutalmente não será esquecido”, continuou o tweet.

No domingo, a irmã de Loujain, Lina, escreveu no Twitter: “Loujain não ligou esta semana. Esta é a 3ª semana consecutiva. As visitas são proibidas desde meados de março. Estou preocupada. O primeiro período em que ela ficou incomunicável foi quando estava sendo torturada.”

Não foi possível obter um comentário imediato das autoridades sauditas sobre essa denúncia, mas o Reino normalmente nega qualquer falha em cuidar dos detidos em suas prisões.

LEIA: Arábia Saudita é pressionada a libertar príncipe preso e seu pai

Em 15 de maio de 2018, as autoridades sauditas prenderam vários ativistas de direitos humanos de destaque, entre os quais Loujain Al-Hathloul, Samar Badawi, Nassima Al-Sadah, Nouf Abdulaziz e Mayya Al-Zahrani.

Os relatos da época atribuíam as razões da prisão à defesa dos direitos das mulheres no Reino.

LEIA: Membros do Congresso dos EUA indicaram ativista dos direitos das mulheres sauditas, hoje prisioneira, ao Prêmio Nobel da Paz

Sair da versão mobile