Nesta sexta-feira (5), a Embaixadora dos Estados Unidos na ONU Kelly Craft respondeu às críticas de países como China e Irã sobre os protestos americanos contra desigualdade racial e violência policial, ao desafiá-los a comparar históricos. As informações são da agência Reuters.
Previamente, o Secretário de Estado americano Mike Pompeo descreveu China e Irã respectivamente como estado “autoritário” e “mafioso”. Nos últimos dias, ambos os países exortaram que os Estados Unidos aborde a questão do racismo e proteja os direitos das minorias.
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Os protestos, em maioria pacíficos, no decorrer dos últimos dez dias, tiveram como estopim o assassinato do cidadão negro George Floyd por um policial branco, na cidade de Minneapolis. Em algumas cidades, ocorreram incêndios, saques e confrontos entre manifestantes e policiais; o Presidente Donald Trump mobilizou a Guarda Nacional.
Não obstante, Craft denunciou a morte de Floyd ao descrevê-la como “intolerável” e “brutalidade”.
“Entretanto, não há equivalência moral entre nossa sociedade livre, que trabalha em torno de problemas duros como racismo, e outras sociedades que sequer permitem a discussão”, Craft declarou a repórteres por telefone.
“Desafio qualquer um a comparar seu histórico com o nosso na forma como tratam tais situações”, afirmou.
Craft mencionou o tratamento da China à minoria islâmica Uighur, na província de Xinjiang, além do Tibet e populações africanas. A diplomata americana acrescentou que deveria haver um “diálogo sobre a diferença” entre tais situações e o que ocorre hoje nos Estados Unidos.
A missão da China na ONU não respondeu imediatamente às declarações.
O Secretário-Geral das Nações Unidas Antonio Guterres fez uma apelo para que manifestantes americanos mantenham os protestos pacíficos e reivindicou de líderes e autoridades dos Estados Unidos a ouví-los e demonstrar moderação.
Apesar das críticas à resposta do governo de Donald Trump e da continuidade da brutalidade policial, a despeito da desescalada nos protestos, Craft alegou ver apoio entre outros diplomatas na ONU ao “fato de que os Estados Unidos estão permitindo a liberdade de expressão”.
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