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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Facebook é acusado de bloquear contas de ativistas palestinos

Ícone do Facebook Messenger e da própria rede social, em 27 de fevereiro de 2020 [Ali Balikçi/Agência Anadolu]
Ícone do Facebook Messenger e da própria rede social, em 27 de fevereiro de 2020 [Ali Balikçi/Agência Anadolu]

O Facebook bloqueou contas pertencentes a ativistas, blogueiros e jornalistas palestinos, em ação sistemática que viola os direitos universais de liberdade de opinião e expressão, segundo o think tank Impact International for Human Rights Policies, com sede em Londres.

A gigante das redes sociais está fechando milhões de contas no Oriente Médio e Norte da África, alertou a ong britânica, que classificou tais atos como sinal prematuro do fracasso do recém indicado conselho de supervisão da companhia.

“O conselho de supervisão do Facebook deve avaliar as políticas da empresa no Oriente Médio, particularmente se a localidade geográfica de seus escritórios possui qualquer impacto em práticas relacionadas a direitos humanos”, advertiu a ong.

“O bloqueio em massa do Facebook silencia vozes e restringe a liberdade de expressão”, reiterou, ao reivindicar que a gestão da rede social “pare de bloquear contas de ativistas, blogueiros e jornalistas, proteja seus direitos a opinião e expressão garantidos em tratados e convenções internacionais e adira a um código de conduta que proíba a supressão de vozes dissidentes.”

Palestinos reclamam há anos que o Facebook tem como alvo suas contas, ao deletá-las sem qualquer notificação.

Em outubro último, jornalistas e ativistas palestinos – em cooperação com o Centro Social Sada, grupo que monitora violações contra conteúdos palestinos nas redes sociais – lançaram uma campanha virtual contra o Facebook, ao acusá-lo de censurar deliberadamente conteúdos palestinos.

A rede Al Jazeera observou ainda: “No final de 2016, o Facebook assinou um acordo com o Ministério da Justiça de Israel, no qual prometeu ‘monitorar’ conteúdos de contas palestinas”. Segundo relatos, trata-se de parte de uma ofensiva em série do Facebook contra organizações de imprensa palestinas, com o objetivo de comprazer Israel, que busca omitir a exposição de seus crises da ocupação em âmbito internacional.

LEIA: Facebook suspende página de Netanyahu por incitação contra árabes

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