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Ao menos vinte refugiados morrem em naufrágio na costa da Tunísia

Um par de sapatos infantis na costa de Cesme, após um barco de refugiados virar no Mar Egeu, no litoral da província de Izmir, Turquia, 12 de janeiro de 2020 [Mahmut Serdar Alakus/Agência Anadolu]
Um par de sapatos infantis na costa de Cesme, após um barco de refugiados virar no Mar Egeu, no litoral da província de Izmir, Turquia, 12 de janeiro de 2020 [Mahmut Serdar Alakus/Agência Anadolu]

Ao menos vinte refugiados africanos morreram após um barco com mais de cinquenta pessoas naufragar na costa da Tunísia, declarou um oficial local nesta terça-feira (9), segundo informações da agência Reuters.

Os corpos foram encontrados na costa da cidade de Sfax, no leste do país, reportou o oficial. Um total de 53 pessoas embarcou no bote em questão no fim de semana em direção à Itália.

Unidades da Guarda Costeira e o exército tunisiano ainda buscam por desaparecidos.

Em 2019, 86 refugiados africanos afogaram-se após um barco virar na rota da Líbia à Europa, em um dos piores acidentes do tipo na costa da Tunísia.

Após o levante popular de 2011, que depôs o longevo ditador Muammar Gaddafi, a costa ocidental da Líbia passou a ser usada como principal ponto de partida para milhares de refugiados e imigrantes que deixam seus países, devido à guerra ou à pobreza, em direção à Europa.

Os combates em curso no território líbio tornaram operações de tráfico humano ainda mais difíceis; porém, em contraponto, forçaram mais e mais pessoas a deixar o país.

Líbios recolhidos pela Guarda Costeira do país norte-africano costumam ser retornados ao território nacional e então presos. A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo ao governo na Líbia para libertar tais detidos, alguns dos quais mantidos encarcerados por anos.

Apesar da ameaça do coronavírus e as severas medidas de segurança, tentativas de imigração irregular ao litoral italiano, a partir da Tunísia, recentemente demonstraram novo aumento.

Segundo estimativas oficiais, mais de 22.000 jovens tunisianos emigraram irregularmente à Itália, em 2011, no decorrer da revolução no país.

LEIA: Guarda costeira turca resgata 28 requerentes de asilo no Mar Egeu

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