Ao menos vinte refugiados africanos morreram após um barco com mais de cinquenta pessoas naufragar na costa da Tunísia, declarou um oficial local nesta terça-feira (9), segundo informações da agência Reuters.
Os corpos foram encontrados na costa da cidade de Sfax, no leste do país, reportou o oficial. Um total de 53 pessoas embarcou no bote em questão no fim de semana em direção à Itália.
Unidades da Guarda Costeira e o exército tunisiano ainda buscam por desaparecidos.
Em 2019, 86 refugiados africanos afogaram-se após um barco virar na rota da Líbia à Europa, em um dos piores acidentes do tipo na costa da Tunísia.
Após o levante popular de 2011, que depôs o longevo ditador Muammar Gaddafi, a costa ocidental da Líbia passou a ser usada como principal ponto de partida para milhares de refugiados e imigrantes que deixam seus países, devido à guerra ou à pobreza, em direção à Europa.
Os combates em curso no território líbio tornaram operações de tráfico humano ainda mais difíceis; porém, em contraponto, forçaram mais e mais pessoas a deixar o país.
Líbios recolhidos pela Guarda Costeira do país norte-africano costumam ser retornados ao território nacional e então presos. A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo ao governo na Líbia para libertar tais detidos, alguns dos quais mantidos encarcerados por anos.
Apesar da ameaça do coronavírus e as severas medidas de segurança, tentativas de imigração irregular ao litoral italiano, a partir da Tunísia, recentemente demonstraram novo aumento.
Segundo estimativas oficiais, mais de 22.000 jovens tunisianos emigraram irregularmente à Itália, em 2011, no decorrer da revolução no país.
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