No Twitter, escreveu Areed: “Propor essa questão diante do clima atual fere os interesses de Túnis e da Tunísia, além de nossa relação com a França e a sociedade francesa, e leva a controvérsias sobre nosso relacionamento.”O líder do partido Ennahda e ex-Primeiro-Ministro da Tunísia Ali Al-Areed alegou que exigir desculpas da França por sua ocupação e colonização “fere os interesses da Tunísia”, conforme informações da rede Al-Quds Al-Arabi divulgadas ontem (9).
Prosseguiu: “A França é aliada prioritária de Túnis, primeiro fornecedor e investidor. Cerca de um milhão de tunisianos vivem na França.”
Seus comentários ocorrem após debate no parlamento, realizado na terça-feira, sobre moção em apelo à França para que se desculpe pela ocupação do país norte-africano, entre 1881 e 1956, e decorrentes crimes cometidos durante e após a colonização.
O texto, segundo a imprensa tunisiana, reivindica da França que se desculpe oficialmente por casos de assassinato, estupro e expropriação de recursos naturais da Tunísia, e lista outros crimes cometidos desde 1881, entre eles, o apoio ao ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali.
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