O Shin Bet, serviço de vigilância interna de Israel, suspendeu suas operações de rastreamento por telefone de pacientes com coronavírus, declarou um oficial nesta terça-feira (9), ao alegar sucesso da medida controversa para conter a propagação da doença. As informações são da agência Reuters.
Contornando o parlamento em março último, diante da pandemia de coronavírus, o gabinete de governo de Israel aprovou regulações de emergência que permitiram o uso de tecnologia do Shin Bet, habitualmente empregada contra “terroristas”, contra civis israelenses.
Grupos de monitoramento do nível de privacidade e direitos civis no país contestaram a prática judicialmente, ao passo que legisladores consideravam ratificá-la.
Um oficial israelense afirmou que o rastreamento foi interrompido após reunião ministerial sobre o coronavírus na segunda-feira (8), na qual o diretor do Shin Bet Nadav Argaman alegou que o método não é mais necessário após estabilização do contágio, devido às medidas de controle.
“[Rastreamento] será renovado apenas caso haja um grande surto, sobre o qual será requerido ao parlamento uma legislação rápida”, reiterou o oficial, em condição de anonimato.
Israel – com população de 9 milhões – reportou 18.091 casos de coronavírus e 299 mortes. Um novo surto exíguo levou o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu a refrear as medidas de reabertura de escolas e negócios no país, conforme anunciado na segunda-feira.
LEIA: Israel interrompe reabertura diante de novo pico do coronavírus