O regime do presidente Bashar Al-Assad escondeu uma estátua de seu pai Hafez atrás da delegacia da cidade de Sweida, no sul da Síria, em um esforço para protegê-lo de ser danificado pelos manifestantes.
Na semana passada, houve uma série de protestos na Sweida contra o manejo da economia síria pelo regime. Os serviços de segurança tentaram intervir e sufocá-los, obrigando estudantes e civis a participar de um protesto pró-Assad ontem, em esforços para demarcar a culpa da recessão econômica nas sanções dos EUA.
No meio de tudo isso, uma notícia nas redes sociais revelou que uma estátua de Hafez Al-Assad, pai do atual presidente e fundador da dinastia Assad, está escondida atrás da delegacia da cidade ao lado da área de lixo, a fim de protegê-lo.
#Syria – Suweida city
The #Assad regime has hidden Hafez al-Assad's statue behind the police station besides the garbage fearing it's humiliation at the hands of the protestors. pic.twitter.com/jvhnN8jRdq
— On the Ground News (@OGNreports) June 11, 2020
A estátua, embrulhada em uma bandeira síria rasgada e apoiada nos trilhos de uma escada, lembra as numerosas estátuas do ex-presidente que foram demolidas em todo o país durante os nove anos de guerra civil em curso.
A presença de tais estátuas é ofensiva para um número significativo de sírios. Quando uma estátua de Assad Senior foi reconstruída na cidade de Deraa no ano passado, após a destruição do original em 2011, protestos abalaram a área.
A estátua foi escondida no momento em que outras estátuas controversas foram derrubadas ou desfiguradas em todo o mundo. Como parte dos protestos da Black Lives Matter nas últimas semanas, uma estátua de um famoso comerciante de escravos foi derrubada na Grã-Bretanha por manifestantes em Bristol; a estátua do ex-primeiro ministro Winston Churchill na Praça do Parlamento de Londres foi vandalizada; e uma estátua de Cristóvão Colombo foi derrubada nos Estados Unidos.
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