Neste sábado (13), o Ministério da Saúde do Egito confirmou 1.677 novos casos de covid-19 e 62 mortes, maior aumento em ambos os índices diários.
No total, o Egito, que detém a maior população entre os países árabes, registrou 42.980 e 1.484 mortes, reiterou o ministério. As informações são da agência Reuters.
Na última semana, o sindicato de medicina do país anunciou que 47 médicos faleceram de coronavírus desde o início da pandemia.
LEIA: No Egito, médicos demitem-se em massa após morte de colega não testado
Apesar do governo caracterizar médicos falecidos como mártires, e da mídia estatal referir-se a eles como “exército de branco”, há enorme descontentamento por parte da comunidade médica devido à forma como são tratados de fato pelas autoridades, durante a pandemia.
O sindicato de medicina do Egito recentemente alertou que o sistema de saúde do país está à beira do colapso e reivindicou das autoridades que adotem novas medidas para proteger os profissionais de saúde.
Logo após o alerta, a imprensa estatal do Egito lançou uma campanha de difamação contra os médicos. O parlamentar Farag Amer acusou a Irmandade Muçulmana de coagir profissionais de saúde a divergirem do governo e se demitirem.
Médicos demandam um lockdown em escala nacional desde o início do surto, à medida que têm dificuldades para encontrar leitos e mesmo espaços adequados para trabalharem, em particular, nas unidades de isolamento. Também reivindicam melhor equipamento preventivo e direito à testagem.
LEIA: Sob pressão, Egito diz que hospitais devem acomodar profissionais de saúde infectados