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Irã estava pronto a reagir caso EUA bloqueassem remessas à Venezuela, relata imprensa local

Guarda Revolucionária do Irã marcha durante comemoração do 31° aniversário da guerra Irã-Iraque, na capital Teerã, 22 de setembro de 2011 [Kaveh Kazemi/Getty Images]
Guarda Revolucionária do Irã marcha durante comemoração do 31° aniversário da guerra Irã-Iraque, na capital Teerã, 22 de setembro de 2011 [Kaveh Kazemi/Getty Images]

Uma agência de notícias próxima à Guarda Revolucionária do Irã, unidade de elite do exército nacional, afirmou no sábado (13) que forças da marinha iraniana preparavam ataques contra embarcações comerciais dos Estados Unidos no Golfo, em maio, caso forças americanas interferissem nas remessas de petróleo à Venezuela. As informações são da agência Reuters.

No último mês, o Irã enviou uma flotilha de cinco petroleiros à Venezuela, carente de gasolina. Teerã afirmou que manterá os envios a Caracas, caso requisitado, a despeito das críticas de Washington sobre o comércio entre os países, ambos sob sanção dos Estados Unidos.

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“Segundo relatos, após aumento nas ameaças militares contra embarcações do Irã em direção à Venezuela, uma ordem foi emitida às forças armadas iranianas para identificar e rastrear diversas embarcações mercantis dos Estados Unidos presentes no Golfo Persa e no Golfo de Omã”, relatou em seu website a agência iraniana Noor News.

Prosseguiu: “Opções para ações recíprocas foram imediatamente identificadas e monitoradas para possíveis operações.”

Em maio, o Irã registrou reclamação na Organização das Nações Unidas (ONU) e convocou o embaixador suíço em Teerã, que representa os interesses da entidade internacional na república islâmica, para discutir eventuais medidas tomadas por Washington contra petroleiros iranianos.

Os Estados Unidos não intervieram na rota iraniana, mas consideram impor novas sanções a dezenas de petroleiros estrangeiros por comercializar com a Venezuela, conforme reportou um oficial americano à Reuters, no início de junho.

Em 2019, o Irã confiscou brevemente um petroleiro de bandeira britânica na região do Golfo, em resposta a uma ação similar assumida por forças do Reino Unido, contra um petroleiro iraniano de passagem no território de Gibraltar. Ambas as embarcações foram liberadas após meses de impasse.

Em advertência aparentemente destinada ao Irã, em maio, a Marinha dos Estados Unidos alertou oficiais no Golfo a manter 100 metros de distância de qualquer navio militar americano, sob risco de ser “interpretado como ameaça e submetido a medidas defensivas legítimas”.

Tensões entre Washington e Teerã escalaram desde 2018, quando o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump decidiu revogar unilateralmente o acordo nuclear iraniano, assinado em 2015 entre Irã e seis potências estrangeiras, e restabelecer sanções severas, em particular, à indústria vital de petróleo do país.

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