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Protesto reúne centenas contra demolição israelense de cemitério islâmico em Yafa

Na segunda-feira (8), tratores israelenses iniciaram a demolição do cemitério para dar lugar a um novo projeto residencial sionista
Sheikh Ekrima Sabri, Grande Imã da Mesquita de Al-Aqsa, lidera oração de sexta-feira em área aberta, diante de protesto de residentes locais contra a destruição do cemitério islâmico histórico Al-Isaf, sob jurisdição da prefeitura de Tel Aviv, por autoridades da ocupação israelense, em Jaffa, 12 de junho de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Centenas de residentes palestinos da cidade de Yafa organizaram um protesto na última sexta-feira (12) contra a demolição israelense de um cemitério islâmico histórico na cidade ocupada, relatou a agência Anadolu.

Manifestantes realizaram a oração de sexta-feira e começaram a marchar em repúdio à decisão israelense de destruir o cemitério islâmico de Al-Isaaf, localizado no norte da cidade de Yafa.

Na segunda-feira (8), tratores israelenses iniciaram a demolição do cemitério para dar lugar a um novo projeto residencial sionista.

Os manifestantes reuniram-se no cemitério para tentar interromper a demolição. O conselho da cidade convocou a polícia, que formou um cordão de isolamento em torno do local de demolição. Após a polícia disparar gás lacrimogêneo e utilizar bombas de efeito moral contra os manifestantes, houve confrontos.

O sheikh Ekrima Sabri, imã da Mesquita de Al-Aqsa, atualmente banido do local sagrado pela ocupação israelense, conduziu o sermão de sexta-feira (khutba). O clérigo reiterou que exumar sepulturas desta forma é proibido segundo o Islã, a fim de respeitar a dignidade dos mortos, e destacou que o cemitério é terra de recursos islâmicos, portanto, pertencente a todos os muçulmanos.

“Convocamos a todos para proteger os cemitérios”, Sabri exortou à multidão. “Defender os cemitérios é defender nossas terras; defender nossos mortos é defender um direito legítimo.”

Sabri compartilhou sua esperança de que o cemitério esteja protegido por Allah, e não apenas por resoluções do Conselho de Segurança da ONU e por consensos da comunidade internacional.

O cemitério de Al-Isaaf, que data do período de ocupação otomana, inclui centenas de túmulos islâmicos instalados mesmo antes da ocupação israelense sobre Yafa, durante a Nakba (catástrofe palestina), em 1948.

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