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Israel aprova assentamentos de ‘Ramat Trump’ nas colinas ocupadas de Golã

Israel deu início aos preparativos para construir um novo assentamento ilegal no território ocupado das Colinas de Golã, da Síria

Autoridades de Israel deram início a preparativos para construir um novo assentamento ilegal nas colinas ocupadas de Golã, território sírio. O novo projeto colonial foi denominado em homenagem ao Presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A decisão do governo israelense foi anunciada ontem (14).

“Começaremos hoje com as medidas práticas para construir Ramat Trump nas Colinas de Golã”, declarou o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, em encontro semanal de seu gabinete, em Jerusalém.

O Ministro de Assuntos dos Assentamentos Tzipi Hotovely – futuro Embaixador de Israel em Londres – confirmou a decisão em sua página do Facebook, de modo que o governo começará a planificar as obras do projeto colonial, cujo nome hebraico significa “Colinas do Trump”.

A pequena cidade de Qela, no território sírio ocupado, abriga cerca de 300 pessoas. O bairro de Bruchim, em particular, dará lugar às “Colinas do Trump”. Segundo o jornal israelense The Jerusalem Post, o projeto tem orçamento de 8 milhões de shekels (US$2.3 milhões), com planos para abrigar 120 famílias.

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No decorrer dos anos, Israel construiu dezenas de assentamentos nas Colinas de Golã. Estima-se que 26.000 colonos judeus vivem no local, aproximadamente o mesmo número de residentes árabes, a maioria drusos.

Em 2019, Trump reconheceu unilateralmente as Colinas de Golã como território israelense, após realocar a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv a Jerusalém, no ano anterior.

Israel capturou as Colinas de Golã durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou formalmente as terras em 1981. Tal medida é considerada ilegal pela lei internacional; a maioria dos países não reconhece a soberania israelense sobre o território sírio.

Em abril, o representante da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari, reiterou que a libertação de Golã permanece prioridade para o governo em Damasco.

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