Uma cidadã libanesa confessou assassinar brutalmente seu ex-marido ao esfaqueá-lo no abdômem mais de doze vezes, segundo informações de inquérito policial local, reportou a agência Arab21.
Ibrahim Alawieh foi amarrado na cama antes da suspeita – cuja identidade prevalece em sigilo – torturá-lo e esfaqueá-lo repetidamente na região abdominal.
Durante o interrogatório, a suspeita relatou que Alawieh foi atraído ao quarto e consentiu em ser amarrado. A detida alegou fingir interesse em realizar atos sexuais com a vítima para tanto. Investigações iniciais, porém, sugerem que Alawieh possa ter sido drogado antes de ser atado à cama.
A rede local Annahar reportou uma fonte de segurança que declarou que a suspeita posicionou brinquedos sexuais em torno do corpo da vítima para desviar a atenção de inevitável inquérito policial.
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A fonte relatou que os oficiais não se convenceram pela narrativa da suspeita, em contradição direta com as descobertas iniciais da investigação sobre o incidente, incluindo evidência em vídeo de câmeras de segurança.
O corpo foi descoberto após vizinhos reclamarem do odor proveniente do apartamento, o que levou a uma intervenção por parte das Forças de Segurança Interna do Líbano. A vítima estava encharcada de sangue em seu quarto, perto de seu local de trabalho, um café no distrito costeiro de Raouche, em Beirute.
A ex-esposa de Alawieh confessou vingança premeditada durante interrogatório. A suspeita planejou o ataque após divórcio, quando a vítima a acusou de adultério. Logo após separação, Alawieh casou-se novamente, supostamente com uma cidadã síria menor de dezoito anos, segundo relatos da rede New Arab.
O Líbano testemunhou diversos casos de assassinato brutal durante o lockdown, medida de isolamento absoluto para conter a propagação do coronavírus, em vigor desde meados de março.
No final de abril, um homem executou um ataque a tiros contra diversas pessoas na aldeia de Baakline, no sul do país, resultando na morte de nove pessoas, incluindo seis cidadãos sírios, dentre os quais dois menores de dez e quinze anos de idade, além de três libaneses.
Mazen Harfoush deu início ao massacre ao esfaquear sua esposa mais de treze vezes, por acreditar que ela o traía. Então, com um rifle de caça, assassinou os irmãos da esposa Fawzi e Karim, dos quais suspeitava ciência sobre o suposto caso extraconjugal.
Dias após o ataque, Harfoush foi apreendido pela polícia local e levado para interrogatório. A agência Reuters reportou que o ataque foi registrado como “crime de honra”, no qual um indivíduo é assassinado sob pretexto de que suas ações trouxeram “vergonha” à família.
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