O governo dos Estados Unidos consideram a possibilidade de pressionar a Jordânia, aliado histórico, via instrumentos financeiros, a fim de extraditar a ex-prisioneira palestina Ahlam Al-Tamimi.
Al-Tamimi, hoje com 39 anos de idade, foi libertada das cadeias de Israel como parte do acordo de troca de prisioneiros que assegurou a soltura do soldado israelense capturado Gilad Shalit, mantido na Faixa de Gaza.
A cidadã palestina foi detida em 2001 e condenada, a princípio, a dois anos de prisão. Posteriormente, recebeu 16 penas perpétuas por suposto papel em atentado suicida contra uma pizzaria em Jerusalém, durante a Segunda Intifada. Quinze pessoas, incluindo uma jovem israelo-americana de 15 anos, foram mortas pela explosão.
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Segundo o jornal Times of Israel, Washington considera reter auxílio à Jordânia para forçar a extradição. Nascida e criada na Jordânia, Al-Tamimi permanece na lista de “terroristas mais procurados” do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI).
Em 2017, a Corte de Cassação, mais alta corte jordaniana, determinou que Al-Tamimi, cidadã jordaniana, não pode ser deportada aos Estados Unidos, com base na ausência de qualquer tratado de extradição entre ambos os países.
Em carta emitida ao Rei da Jordânia, a família de Al-Tamimi fez um apelo “para trabalhar pela conclusão definitiva deste caso com a administração americana, a fim de que mantenham suas mãos longe de nossa preciosa filha e deem fim aos chamados por extradição.”
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