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Irã deve oferecer descontos para atrair companhias de aviação ao seu espaço aéreo

Passageiros no Aeroporto Internacional Imã Khomeini, em Teerã, capital iraniana, 27 de abril de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]
Passageiros no Aeroporto Internacional Imã Khomeini, em Teerã, capital iraniana, 27 de abril de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

O Irã planeja oferecer descontos a algumas companhias de aviação para que usem seu espaço aéreo, reportou um oficial de alto escalão iraniano neste sábado (20), segundo a agência estatal de notícias IRNA, após queda no número de voos devido à pandemia de coronavírus, além de tensões regionais.

As informações são da agência Reuters.

Nasser Aghaei, diretor da Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irã, de caráter estatal, afirmou que os descontos serão destinados às oito maiores companhias em termos de receita, além de empresas que estejam aumentando o número de voos em ao menos 20%.

Entretanto, nenhum corte em taxas está planejado. O Irã é um dos muitos países a cobrar as chamadas taxas de sobrevoo, utilizadas em geral para financiar serviços de controle do tráfego aéreo, seja em termos de estatística ou informação aeronáutica.

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O plano de descontos ainda tem de ser aprovado pelo governo, reiterou Aghaei.

Ainda antes da pandemia, em janeiro, grandes empresas aéreas passaram a redirecionar ou mesmo cancelar voos a fim de evitar o espaço aéreo do Irã e Iraque, após ataques de mísseis iranianos contra forças da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em território iraquiano.

Em 8 de janeiro, todas as 176 pessoas à bordo de um avião ucraniano foram mortas logo após decolagem, abatido acidentalmente pela sistema de defesa do Irã, em rota entre Teerã e Kiev.

O Irã reconheceu o incidente, mas alegou erro humano devido ao estado de alerta máximo de seu exército, horas depois de disparar mísseis contra alvos americanos, em retaliação ao assassinato do general Qassem Soleimani, comandante de elite militar, executado por ataque dos Estados Unidos.

Em junho, algumas empresas aéreas voltaram a evitar o espaço aéreo controlado pelo Irã em partes do Golfo, após a agência reguladora dos Estados Unidos barrar suas transportadoras de operar na área, devido ao abatimento de um drone americano pelo Irã.

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