Oficiais próximos a Trump realizarão duas reuniões para discutir anexação israelense

Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo realiza coletiva de imprensa com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, em sua primeira viagem oficial após declaração da pandemia do coronavírus, em Jerusalém, 13 de maio de 2020 [Kobi Gideon/GPO/Agência Anadolu]

Oficiais de alto escalão do atual governo dos Estados Unidos, sob presidência de Donald Trump, realizarão dois encontros para discutir a possibilidade de consentir aos planos de anexação israelense, segundo a agência i24 News.

Entre os oficiais no grupo de Trump, estão o Secretário de Estado Mike Pompeo, o conselheiro Richard O’Brien, Avi Berkowitz (assistente do presidente e representante especial para negociações internacionais) e o genro e conselheiro sênior do presidente, Jared Kushner. O Embaixador dos Estados Unidos em Israel David Friedman também comparecerá.

Segundo relatos, o próprio Trump deverá participar das reuniões, previstas para “algum momento entre” segunda-feira (22) e terça-feira (23).

O Primeiro-Ministro de Benjamin Netanyahu anunciou que a anexação da Cisjordânia terá início em 1º de julho.

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Há rumores de repúdio na comunidade internacional, incluindo entre membros e agências da ONU e da União Europeia, diante dos planos israelenses para anexar ilegalmente terras palestinas ocupadas.

Entretanto, o presidente americano tem sido bastante expressivo em seu apoio pela anexação da Cisjordânia. Trump essencialmente concedeu sua aprovação para que Israel prossiga com seus planos, que resultarão na expropriação de grandes porções de terra pelo estado sionista.

Em 2019, Trump assinou uma ordem executiva para reconhecer soberania de Israel sobre os territórios ocupados ilegalmente das colinas de Golã (pertencentes a Síria); consequentemente foi homenageado por um novo assentamento colonial, que recebeu seu nome.

Políticos democratas, incluindo o ex-candidato à presidência Bernie Sand, expressaram graves preocupações sobre os planos de anexação. Entretanto, o Comitê de Assuntos Públicos Israelo-Americanos os advertiu que a crítica não será efetivamente transformada em ação, por exemplo, na forma de sanções ou corte do apoio financeiro ao estado ocupante.

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