Autoridades alemãs prenderam o médico sírio Alaa Mousa sobre acusações de ter cometido crimes de tortura na Síria, enquanto trabalhava como agente de inteligência para o regime de Bashar al-Assad, reportou ontem (22) agências de notícias internacionais.
Conforme informação publicada pela rede Al Jazeera, promotores federais alemães afirmaram em comunicado que Mousa é acusado de “torturar um detido … em ao menos dois casos”, em uma prisão administrada pelos serviços de inteligência síria, na cidade de Homs, em 2011.
Segundo a declaração, Mousa recebeu orientação de ajudar um detido com epilepsia, preso após participar de um protesto civil contra o governo. O médico então espancou o homem com um cano de plástico e o chutou, enquanto a vítima estava acuada no chão, relatou a acusação.
No dia seguinte, Mousa retornou com outro médico e espancou a vítima até à morte. A causa da morte, observou a promotoria, é incerta.
Em 2015, Mousa deixou a Síria e emigrou para a Alemanha, onde passou a exercer medicina.
Ativistas sírios e grupos de direitos humanos contribuíram em coletar testemunhas e relatos relacionados ao caso de tortura executado por Mousa, a fim de entregá-lo à Promotoria Pública da Alemanha.
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