A Arábia Saudita baniu a peregrinação internacional para o Hajj deste ano, implementando decisão há muito aguardada sob diretrizes para evitar maior propagação do coronavírus.
A peregrinação anual islâmica, que atrai cerca de dois milhões de fiéis de todo o mundo às cidades santas de Meca e Medina, será restrita apenas a residentes do reino, segundo a imprensa estatal saudita.
Especulava-se bastante sobre a medida, devido a receios de que o coronavírus – disseminado em 180 países do mundo – poderia implicar ainda maior taxa de contágio e aumento no número de mortes como resultado direto do turismo religioso.
LEIA: Organizações e estudiosos islâmicos pedem gestão internacional para Meca e Medina
A Arábia Saudita registra atualmente mais de 161.000 casos de coronavírus e 1.300 mortes. Anteriormente, o governo saudita decidiu impor medidas rigorosas para conter a doença, incluindo fechamento de instituições públicas, escolas e mesmo mesquitas, além da proibição de cultos congregacionais.
A peregrinação menor (Umrah) também foi proibida; santuários nas duas cidades sagradas foram declarados restritos a oficiais, trabalhadores e zeladores dos locais.
O lockdown em escala nacional na Arábia Saudita foi imposto por meses e suspenso no último fim de semana. Entretanto, o retorno à “vida normal” para os cidadãos e residentes sauditas não está necessariamente próximo.
LEIA: Sauditas se divorciam ao descobrir maridos polígamos na quarentena