Um cidadão na Síria faleceu de ataque cardíaco após ver fotos online do momento em que seu filho era torturado até morte, nas prisões do governo sírio de Bashar al-Assad, relatou a rede Syrian Observer.
Segundo reportagem publicada no portal Smart News, Nader Abboud morreu ao ver as fotos vazadas de detentos sírios torturados e mortos nas cadeias militares de Assad.
O ativista Mustafa Hashem, da província de Idlib, noroeste da Síria, reportou que o filho de Abboud, Yousef, foi mantido preso por cerca de sete anos pelo governo sírio, após ser detido no bairro de Firdous, em Aleppo, sob acusações relacionadas a protestos populares.
Em agosto de 2013, um fotógrafo desertor da polícia militar síria, sob pseudônimo Caesar, contrabandeou 53.275 imagens para fora do país, revelando ao mundo os crimes de tortura e execução sumária, cometidos pelo regime de Assad. Possibilitou ainda que familiares reconhecessem entes queridos entre as vítimas.
Em 2015, a organização internacional Human Rights Watch (HRW) recebeu o pacote de imagens do Movimento Nacional Sírio, grupo de oposição política ao regime de Assad. O grupo, por sua vez, havia recebido as imagens de Caesar. Segundo o HRW, as fotografias representam evidência clara dos crimes de lesa-humanidade cometidos pelo governo da Síria.
Na última semana, os Estados Unidos sancionaram o chamado Ato Caesar, que impõe sanções ao regime de Assad e aliados. O projeto de lei foi desenvolvido a partir das denúncias registradas nas fotografias.
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