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Turquia reitera apoio ao Governo de União Nacional da Líbia

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan encontra-se com Fayez al-Sarraj, presidente do Conselho do Governo de União Nacional da Líbia, em Istambul, Turquia, 12 de janeiro de 2020 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]
Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan encontra-se com Fayez al-Sarraj, presidente do Conselho do Governo de União Nacional da Líbia, em Istambul, Turquia, 12 de janeiro de 2020 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]

Ibrahim Kalin, porta-voz da presidência turca, destacou a necessidade do estabelecimento de uma trégua sustentável na Líbia, segundo informações da Anadolu.

Kalin declarou ontem (22) que a Turquia apoia a posição do Governo de União Nacional da Líbia, reconhecido internacionalmente, ao reivindicar que as forças do marechal de campo Khalifa Haftar retirem-se de Sirte e Al-Jafra, para então consentir com cessar-fogo.

O oficial reiterou que isso é possível caso as partes retomem o acordo político assinado no Marrocos, em 2015. “Esta é a posição do governo líbio e o apoiamos.”

Kalin fez tais comentários durante seminário online organizado pela fundação alemã Konrad Adenauer. A Turquia busca estabelecer a paz a estabilidade na Líbia, alegou, e permanecerá na região pelo tempo que requerer o Governo de União Nacional.

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O porta-voz do governo turco ainda criticou Haftar: “Não era confiável desde o início e sabotou todos os acordos de trégua e iniciativas de desescalada. Portanto, o governo líbio não apoiará quaisquer negociações nas quais Haftar faça parte. A Turquia também apoia esta posição.”

Também demonstrou críticas à França: “Apoiamos o governo legítimo na Líbia, enquanto o governo francês apoia um senhor da guerra ilegal e põe em risco toda a segurança da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], da região do Mediterrâneo e Norte da África, assim como a estabilidade política da Líbia. Embora todos estes fatos sejam claros a nós, os franceses ainda apontam o dedo contra nós e nos critica.”

A Turquia acusa os Emirados Árabes Unidos (EAU) de financiar a guerra na Líbia. Segundo Kalin, os ataques de Abu Dhabi ao governo em Ancara e ao Presidente Recep Tayyip Erdogan, pelo papel turco no mundo árabe e islâmico, são “tolos”.

Kalin esclareceu que Ancara permanece otimista que a chamada conferência de Berlim, realizada em janeiro, sobre a Líbia, levará a algo positivo. “O cessar-fogo resultante da conferência foi violado reiteradamente pelo general Haftar; mesmo assim, países como Rússia, EAU e França ainda o apoiam. Todos sabem que a Turquia trouxe relativa estabilidade à Líbia e que queremos dar fim ao conflito.”

A OTAN, concluiu o oficial turco, tem de exercer um “papel unificado” na Líbia. Kalin observou que a política dos Estados Unidos sobre a Líbia é “volátil” e reiterou que ninguém deseja ver um “cenário sírio” incidir sobre o país norte-africano.

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