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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Soldado de Israel que matou palestino é condenado a 45 dias de serviço comunitário

Pescador palestino Abu Zaid navega em seu barco manufaturado com cerca de 700 garrafas plásticas, na costa da Cidade de Gaza [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]
Pescador palestino Abu Zaid navega em seu barco manufaturado com cerca de 700 garrafas plásticas, na costa da Cidade de Gaza [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Um soldado da ocupação israelense foi condenado a 45 dias de serviço comunitário por assassinar um pescador palestino na costa de Gaza, em 2018, reportou na segunda-feira (22) o jornal Israel Hayom.

Grupos de direitos humanos descrevem o episódio como prova de que “Israel protege infratores e não suas vítimas”. A sentença ocorreu após investigação militar que revelou que o soldado abriu fogo contra o palestino sem autorização.

O nome do soldado israelense não foi revelado. Porém, o homem palestino morto no incidente foi identificado como Nawwaf al-Attar, de 23 anos.

O ataque ocorreu em 14 de novembro de 2018, apenas algumas horas após um cessar-fogo entrar em vigor, como resultado de uma breve ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Na ocasião, autoridades da ocupação israelense alegaram ter exercido todos os meios possíveis para evitar baixas civis e acusaram “terroristas” de utilizar civis como escudos humanos.

LEIA: Pescadores de Gaza são baleados pela marinha de Israel pelo segundo dia consecutivo

Entretanto, segundo a rede Associated Press (AP), organizações humanitárias internacionais acusaram Israel de utilizar força excessiva e negligenciar investigações adequadas sobre assassinatos de civis palestinos.

“Exercer uma ocupação militar sobre milhões de pessoas por décadas e décadas requer violência exorbitante e impunidade aos soldados que a mantêm”, declarou o grupo de direitos humanos israelense B’Tselem.

“Apenas 45 dias de serviço comunitário por matar um homem é somente o último exemplo de como o sistema de aplicação da lei militar é projetado para proteger os autores dos crimes, e não suas vítimas”, reiterou a entidade humanitária.

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