Cerca de 28.000 líbios foram deslocados das cidades de Tarhuna e Sirte desde 4 de junho, segundo informação divulgada pela ONU na terça-feira.
A agitação aumentou, à medida que o Governo do Acordo Nacional (GNA), apoiado internacionalmente, aumentou sua campanha para reprimir os avanços feitos pelas forças do general rebelde Khalifa Haftar.
Um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stephane Dujarric, disse em comunicado que mais de 3.800 pessoas fugiram de suas casas devido a violentos confrontos ocorridos nas proximidades de Tarhuna e Sirte, elevando o número de pessoas deslocadas na região, desde 4 de junho, para mais de 27.750.
Em 5 de junho, o exército líbio libertou Tarhuna da milícia de Haftar e atualmente está se preparando para recapturar Sirte, reduto de Haftar.
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Dujarric enfatizou que “as Nações Unidas e os parceiros humanitários continuam a responder às pessoas afetadas, que chegaram a mais de 18.000 nas últimas duas semanas”.
Ele acrescentou: “A ajuda humanitária chegou a Sirte e está sendo planejada mais ajuda para os destinos de deslocamento que ainda não foram alcançados”.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC) decidiu na segunda-feira estabelecer uma missão internacional de investigação de violações de direitos humanos na Líbia desde 2016.
Antes dessa decisão, Tripoli havia pedido repetidamente a assistência das Nações Unidas para iniciar uma investigação sobre a descoberta de valas comuns e minas terrestres descobertas em áreas que haviam sido controladas pela milícia de Haftar.