Nesta terça-feira (23), o Congresso dos Estados Unidos exortou a Arábia Saudita a fornecer informações sobre o status da ativista saudita de direitos das mulheres Loujain al-Hathloul, detida em Riad há mais de dois anos.

“Al-Hathloul está detida sem ser julgada desde maio de 2018. Seu julgamento foi postergado sucessivamente sem explicações, tampouco foram apresentadas evidências de seus supostos crimes”, afirmou Adam Schiff, presidente do Comitê Permanente de Inteligência da Câmara, em carta oficial ao embaixador saudita nos Estados Unidos Reema Bint Bandar Bin Sultan.

A carta prosseguiu ao observar que Al-Hathloul é mantida por longos períodos sem contato com sua família, submetida a “tortura física e mental na prisão, além de ameaças de estupro e assassinato.”

“Peço uma atualização sobre a condição de Al-Hathloul”, reiterou Schiff. “[Há] receios sobre seu bem-estar e o bem-estar de outros ativistas de direitos das mulheres na Arábia Saudita.”

O parlamentar americano destacou que o fracasso saudita em abordar tais preocupações seriam “fator significativo nas decisões que o Congresso possa tomar referente à cooperação dos Estados Unidos e apoio ao reino.”

Em 9 de junho, Alia Al-Hathloul, irmã de Loujain, revelou que a ativista conseguiu contactar sua família “após muito, muito tempo”.

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