Forças da ocupação israelense invadiram hoje (29) a aldeia Beit Iksa, a noroeste de Jerusalém ocupada, para destruir terras pertencentes a uma família local palestina, reportou a agência de notícias Wafa.
Testemunhas relataram à Wafa que forças de Israel, acompanhadas por um trator, destruíram um lote de terra pertencente à família Hamayel.
Residentes descreveram como soldados posicionaram-se na área, fecharam os acessos à aldeia e transformaram telhados de casas em postos militares de vigilância, para então avançar contra a terra.
Forças da ocupação continuam a impor severas restrições sobre os cidadãos da aldeia. O acesso a Beit Iksa é possível apenas por meio de um checkpoint militar israelense.
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Ao longo dos anos, terras em torno da aldeia e lotes pertencentes a residentes palestinos foram expropriados para o estabelecimento do assentamento ilegal de Ramot, cujos colonos regularmente assediam os palestinos.
Entre 500.000 e 600.000 israelenses vivem em assentamentos ilegais exclusivamente judaicos espalhados por todo o território ilegal de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, em violação à lei internacional. Anúncios recentes de novos assentamentos provocaram repúdio generalizado da comunidade internacional.
A última invasão a uma aldeia palestina ocorre apenas dois dias antes do prazo previsto para o governo israelense iniciar a anexação do Vale do Jordão e assentamentos na Cisjordânia, em 1º de julho.
Estimativas palestinas indicam que o plano de anexação israelense deverá cobrir mais de 30% da Cisjordânia.
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