O General Brigadeiro Abdulmalik Al-Abyadh, comandante militar de alto escalão no fronte da Costa Ocidental do Iêmen, anunciou ontem (30) sua deserção das tropas iemenitas que lutam ao lado dos Emirados Árabes Unidos. O militar foi recebido então pela coalizão dos houthis na capital Sanaa.
Mohammed Al-Bukhaiti, porta-voz e membro do gabinete político houthi, reportou a filiação de Al-Abyadh, que exercia o cargo de chefe de operações avançadas das chamadas Guardas Republicanas, comandadas por Tariq Saleh, leais à coalizão saudita, com apoio emiradense.
بحضور نائب رئيس لجنة المصالحة الوطنية الشيخ علي القيسي، و د. طارق الشامي رئيس الدائرة الاعلامية لحزب المؤتمر وعدد من أعضاء مجلس الشورى، تم استقبال العميد ركن عبد الملك الأبيض رئيس العمليات المتقدمة في جبهة الساحل الغربي، والذي أعلن عن إعتذاره للوطن والانضمام لصفه لقتال المحتلين. pic.twitter.com/lhkN6YzuR9
— محمد البخيتي(Mohammed Al-Bukaiti) (@M_N_Albukhaiti) June 30, 2020
Representantes políticos dos houthis reúnem-se com o General Brigadeiro Abdul Malik Al-Abyadh
LEIA: Cem mil pessoas sofreram deslocamento no Iêmen devido a guerra e covid-19, em 2020
De acordo com Al-Bukhaiti, o general juntou-se às fileiras das forças houthis para combater as potências ocupantes, após emitir um pedido de desculpas à sua pátria.
Além do Conselho de Transição do Sul, várias outras forças com apoio emiradense lutam contra os rebeldes houthis, operando sob nomes vagos como Forças Conjuntas e Forças de Resistência Nacional.
Entre tais forças, está a Guarda Republicana de Tariq Saleh, constituída em 2018, após o colapso da aliança entre os houthis e o falecido tio de Tariq e ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
As forças de Saleh concentram-se principalmente na costa oeste do Iêmen e são instrumentais na manutenção do cerco liderado pela coalizão saudita sobre a cidade portuária de Hudaydah, com função estratégica ao conflito.
LEIA: ONU faz apelo para que doadores cumpram promessas de apoio ao Iêmen