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Egito pede a mulheres que evitem a gravidez devido ao coronavírus

O Ministério da Saúde alegou novas descobertas sobre a relação entre o coronavírus e coágulos de sangue, que podem afetar a placenta e a nutrição do feto

O governo do Egito exortou às mulheres do país que adiem planos de gravidez devido à atual pandemia do coronavírus.

O Ministério da Saúde do Egito emitiu uma declaração ontem (30) em apelo para que as mulheres evitem a gravidez, pois pode prejudicar seu sistema imunológico. O governo alegou novas descobertas sobre a relação entre o coronavírus e coágulos de sangue, que podem afetar a placenta e a nutrição do feto.

“O uso de contraceptivos pode ser aplicado temporariamente para evitar gravidez”, aconselhou o comunicado, recomendando métodos de fácil acesso e baixo custo.

Críticos afirmam que o alerta deveria ser emitido com antecedência e que o governo, mais uma vez, foi lento em conceder alguma orientação. O Egito permanece sob críticas devido ao modo como lidou com a crise, além de suas respostas lentas para conter a propagação do vírus.

O Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi recebeu críticas por investir dinheiro e esforços públicos na construção em curso da nova capital administrativa, localizada ao longo do Mar Vermelho, ao invés de priorizar políticas destinadas a hospitais e instalações de saúde.

ASSISTA: Egito de Sisi é alvo de críticas sobre o coronavírus

Enquanto isso, falta sistêmica de leitos hospitalares é relatada por todo o país. Alguns hospitais tiveram de fechar mesmo durante a pandemia.

O sindicato médico alertou que o sistema de saúde no país está próximo do colapso e pediu a autoridades que promovam medidas para proteger seus profissionais.

Muitos que ousaram criticar o governo sobre a crise foram presos ou estão desaparecidos.

O alerta de autoridades do Egito para as mulheres evitarem gravidez durante a crise ocorre pouco depois do número de casos confirmados no país chegar a 50.000 pacientes, em junho, com mais de 2.800 mortes causadas pela doença respiratória.

Críticos acreditam que a estimativa real pode ser sete vezes maior do que anunciada pelo governo e receiam encobrimento de casos por parte do regime de Sisi.

LEIA: Estou preocupado com o Egito

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