O principal tribunal de apelações do Egito confirmou ontem a sentença de morte contra um monge pelo assassinato de um bispo em 2018, em um mosteiro egípcio ao norte do Cairo, segundo fontes judiciais. O Tribunal de Cassação também comutou a sentença de morte contra outro monge para prisão perpétua.
Ambos os monges foram denunciados dos pelo papa Tawadros II, chefe da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, após o assassinato do bispo Anbar Epiphanius, que era um abade no mosteiro de São Macário.
Wael Saad, conhecido por seu nome monástico, Isaiah El-Maqary, teve sua sentença de morte confirmada, enquanto Ramon Rasmy, conhecido como Faltaous El-Makary, recebeu uma sentença reduzida à prisão perpétua, que é de 25 anos no Egito. As sentenças são finais e não cabem mais recursos.
Segundo Ahram Online, os dois condenados haviam emboscado o bispo a caminho de sua residência para o mosteiro, onde Saad o atingiu na cabeça com uma barra de aço, enquanto Rasmy ficava de guarda. O homem de 64 anos foi encontrado morto com um ferimento na cabeça em um caso que provocou ondas de indignação por todo o Egito, especialmente entre a comunidade copta.
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O assassinato levou à implementação de medidas estritas da Igreja Ortodoxa Copta para regular a vida monástica. Isso incluiu o congelamento na aceitação de novos monges, as proibições do uso de mídias sociais pelos monges, da construção de locais de culto não sancionados e da saída dos monges dos mosteiros sem a permissão oficial.
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