![Manifestantes protestam contra o assassinato de Solomon Tekah, jovem de origem etíope morto por um policial israelense fora de serviço, perto da Torre Azrieli, em Tel Aviv, Israel, 8 de julho de 2019 [Oren Ziv/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/07/20190708_2_37250156_45908187-1.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Um relatório israelense revelou aumento significativo no racismo contra judeus etíopes no país.
Gant Dasa, chefe executiva da organização não-governamental Migrants Together, com foco na proteção aos judeus etíopes, afirmou em relatório publicado pelo jornal Yedioth Ahronoth que “o racismo é muito comum entre todos os israelenses. O dia que os vermos protestando contra as condições da comunidade etíope, então passaremos a crer que algo positivo está ocorrendo. Penso que há uma oportunidade para dar fim a alguns aspectos do racismo, mas isso não aconteceu ainda.”
“Os colonos etíopes migraram a Israel como qualquer outro judeu, em busca de um sonho de gerações judaicas, mas este Israel, no qual a comunidade judaica construiu sua vida, passou a mostrar outras facetas”, alegou.
Estou realmente preocupada que meu filho de pele negra crescerá em uma sociedade israelense que odeia os negros, em um país onde policiais consideram pessoas de cor como suspeitos.
“A dor de cabeça que sinto torna cada vez mais real todos os dias. Tais cenários tornaram-se notícias diárias para os etíopes que vivem aqui”, reiterou Dasa.
“Isso levará etíopes indignados a protestarem, ao passo que uma onda de fúria varre as ruas das principais cidades de Israel, após anos de frustração contínua devido a práticas agressivas e violentas da polícia. Embora a comunidade etíope represente apenas 1.6% da população israelense, os judeus etíopes sofrem de um fenômeno bastante conhecido pela sociedade americana, onde grupos minoritários são estigmatizados devido à sua pele negra.”
Onze colonos etíopes foram mortos pela Polícia de Israel desde 1997, reportou o Yedioth Ahronoth.
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