À medida que Israel se aproxima cada vez de anexar grandes partes da Cisjordânia ocupada, atos de solidariedade no mundo, incluindo Hemisfério Sul, ganharam impulso. Na quinta-feira (2), a Torre de Telefonia do Chile, na capital Santiago, foi iluminada com o padrão do keffiyeh, símbolo da resistência nacional palestina.
O Chile, país com a maior comunidade palestina em toda a América Latina, dirigiu seu gesto em apoio ao povo palestino nos territórios ocupados.
Porém, o país não esteve sozinho em seus esforços de solidariedade. Representantes da maioria dos países latino-americanos assinaram uma declaração conjunta contra o plano de anexação israelense.
O documento foi publicado também na quinta-feira e assinado por mais de 320 figuras públicas. Entre as tais, ex-presidentes, parlamentares, ministros, acadêmicos e artistas. A declaração fez um apelo para que a comunidade internacional reaja efetivamente aos planos de expansão israelense, incluindo via sanções, fim de laços comerciais e ações jurídicas.
Os signatários incluem o ganhador do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel; os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso; os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff (Brasil), Pepe Mujica (Uruguai), Fernando Lugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Ernesto Samper (Colômbia); o ex-chanceler Celso Amorim; e Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos e atual presidente da Comissão Arns. Mais de 60 deputados e deputadas federais do PSOL, PT, PCdoB, PSB e PDT também assinaram o texto.
Neste sábado (4), Amorim falou ao Comício Virtual Global do Sul, organizado pelo movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Afirmou: “Estou honrado em assinar esta carta aberta. Apoio plenamente as medidas individuais dos países; outras [questões] requerem ação da ONU. Como ocorreu com o apartheid [na África do Sul], a Assembleia Geral tem plenos direitos de assumir decisões correspondentes para impedir a anexação.”
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