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A anexação ‘não está na agenda de hoje ou amanhã’, afirma chanceler de Israel

Gabi Ashkenazi durante campanha do partido Azul e Branco nas eleições israelenses, em Tel Aviv, 15 de setembro de 2019 [Faiz Abu Rmeleh/Agência Anadolu]
Gabi Ashkenazi durante campanha do partido Azul e Branco nas eleições israelenses, em Tel Aviv, 15 de setembro de 2019 [Faiz Abu Rmeleh/Agência Anadolu]

O plano israelense de anexação de partes da Cisjordânia ocupada “não está na agenda de hoje ou amanhã”, afirmou o Ministro de Relações Exteriores de Israel Gabi Ashkenazi à rádio israelense KAN Bet, nesta segunda-feira (5).

Ashkenazi alegou não saber se a anexação foi cancelada em definitivo, mas destacou: “Posso dizer que o Ministério de Relações Exteriores está preparando análises diplomáticas e que o Ministério da Defesa está preparando análises de segurança. Há ramificações profundas.”

Ashkenazi realizou conversas com mais de 30 ministros de relações exteriores, a maioria de países europeus, sobre a questão. “Ouço o que têm a dizer e penso ser claro o que estamos enfrentando”, afirmou o chanceler em referência à oposição europeia ao plano de anexação.

“Penso que o governo de Israel, liderado por Netanyahu e pelo premiê alternativo Benny Gantz, garantirão a execução de um processo comedido e responsável. Ouviremos às avaliações para então agir”, prosseguiu o ministro.

LEIA: A anexação ainda é inadmissível, mesmo por Israel

Ashkenazi observou ainda que o “acordo do século”, anunciado em janeiro pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, responde a dois anseios fundamentais apresentados pelo público israelense: “Segurança e manutenção da maioria judaica”.

O chanceler insistiu que a execução do “acordo do século” deve ser negociada com os países vizinhos, contudo, sem citar especificamente os palestinos.

“Acreditamos em um processo que trará paz e que não se trata de nenhum palavrão”, alegou o ministro. “Não queremos prejudicar os tratados de paz com nossos vizinhos”.

Segundo Ashkenazi, o objetivo de seu partido Azul e Branco é simples: “Um estado judaico que seja democrático e seguro”. Enfatizou que fará todo o possível para garantir tais propósitos.

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