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Houthis no Iêmen concordam em permitir que a ONU acesse um petroleiro abandonado

Petroleiro [Bernard Spragg/Flickr]
Petroleiro [Bernard Spragg/Flickr]

O movimento houthi do Iêmen concordou em conceder à Organização das Nações Unidas (ONU) o acesso a um navio petroleiro abandonado, sob risco de desastre ambiental, na costa do país assolado pela guerra. Os relatos foram corroborados por duas fontes da ONU próximas ao assunto, segundo informações da Reuters.

No início da semana, a ONU alegou extrema preocupação após vazamento de água na casa de máquinas do petroleiro Safer, com capacidade de 1.1 milhão de barris de petróleo bruto, encalhado no terminal de Ras Issa, no Mar Vermelho, há mais de cinco anos.

De acordo com os relatos, o grupo houthi, alinhado ao Irã, que controla o porto, enviou uma carta aprovando o envio de uma equipe técnica da ONU à embarcação.

A ONU também mantém diálogo com as partes em guerra do Iêmen sobre coordenação das vendas de petróleo bruto e divisão dos lucros entre o governo apoiado pela Arábia Saudita e o grupo houthi. Os houthis expulsaram o governo central da capital Sanaa, no final de 2014.

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O Conselho de Segurança da ONU deve realizar uma reunião na próxima quarta-feira (15) para debater a questão do petroleiro Safer, que representa impasse sobre o controle de portos e recursos naturais do país.

A produção de petróleo do Iêmen entrou em colapso desde que uma coalizão liderada pela Arábia Saudita interveio no território iemenita, em março de 2015, para combater os houthis, em Sanaa.

O movimento houthi controla a maioria dos centros urbanos, incluindo o principal porto do Mar Vermelho, em Hodeidah. O governo apoiado pela Arábia Saudita mantém áreas no leste e sul do país, onde estão localizados os campos de petróleo e gás natural.

A guerra resultou na morte de mais de 100.000 pessoas e causou a maior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

Recentemente, as Nações Unidas deram início a uma série de conversas virtuais entre as partes para tentar alcançar um cessar-fogo permanente e restabelecer negociações de paz. As discussões, porém, apresentam dificuldades, devido a uma nova onda de violência desde o fim de maio, quando expirou uma trégua temporária consentida pela pandemia de covid-19.

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