Israel plantou bomba em usina nuclear do Irã, afirma The New York Times

Usina nuclear de Bushehr, no Irã, em 10 de novembro de 2019 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

Israel esteve por trás de uma recente explosão ocorrida em uma instalação nuclear iraniana, causada supostamente por uma poderosa bomba, conforme informações publicadas pelo jornal americano The New York Times.

A partir de relatos de um oficial de inteligência do Oriente Médio, sob condição de anonimato,  a reportagem alega que Israel foi responsável pelo atentado contra a usina nuclear de Natanz, em 2 de julho. A mesma alegação foi feita por um membro das Guardas Revolucionárias do Irã, unidade de elite do exército iraniano.

Entretanto, Israel não confirmou qualquer participação no ataque. Em entrevista a uma rádio local, o Ministro da Defesa Benny Gantz declarou: “Todos podem suspeitar de nós em tudo e a todo momento, mas não penso que seja certo.”

O incidente foi o terceiro do tipo em uma semana, incluindo uma grande explosão reportada perto da instalação militar de Parchin, a nordeste de Teerã. Houve também uma explosão em uma clínica de Teerã, capital iraniana, que resultou na morte de 19 pessoas.

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O Irã ameaçou retaliação após o que descreveu inicialmente como ciberataque. Os incidentes recentes, de sua parte, podem representar uma resposta a um atentado cibernético sofisticado – porém, sem êxito – executado pelo Irã contra sistemas de água israelenses, em abril último.

Segundo o jornal Times of Israel, o ataque iraniano pretendia aumentar os níveis de cloro na água destinada a áreas residenciais. Yigal Unna, chefe da Diretoria Cibernética Nacional de Israel, descreveu o caso como “como ponto de inflexão na história das ciberguerras modernas.”

Duas semanas depois, Israel retaliou pela primeira vez, por meio de um ataque cibernético que interrompeu temporariamente as operações de um movimentado porto iraniano.

Em junho, a revista The Strategist reportou que o Irã dificilmente será dissuadido de executar ataques futuros e que ataques cibernéticos contra infraestrutura civil deverão tornar-se mais comuns e mais sofisticados, em particular no conflito entre Irã e Israel.

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