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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Grupo terrorista judaico lidera campanha de ódio contra loja pró-Palestina, no Canadá

Ataque contra ativistas pró-Palestina, realizado por grupos sionistas, torna-se violento, após a Liga de Defesa Judaica (JDL), organização terrorista de extrema-direita, tomar as ruas como parte de uma campanha de ódio contra um restaurante em Toronto, Canadá [Rana Nazzal/Twitter]
Ataque contra ativistas pró-Palestina, realizado por grupos sionistas, torna-se violento, após a Liga de Defesa Judaica (JDL), organização terrorista de extrema-direita, tomar as ruas como parte de uma campanha de ódio contra um restaurante em Toronto, Canadá [Rana Nazzal/Twitter]

Neste fim de semana, um ataque contra ativistas pró-Palestina, realizado por grupos sionistas, tornou-se violento, após a Liga de Defesa Judaica (JDL), organização terrorista de extrema-direita, tomar as ruas como parte de uma campanha de ódio para falir um restaurante em Toronto, Canadá, em retaliação à postura antirracista de seus proprietários.

Membros da JDL, ao lado de alguns grupos mais tradicionais do lobby israelense no Canadá, participaram do que foi descrito como “festival de ódio”, em frente à loja Foodbenders, no domingo (12), e ameaçaram incendiar o local.

Nas cenas agressivas que se passaram a seguir, os apoiadores do grupo de extrema-direita desfiguraram a calçada em frente ao local, pintada com os dizeres “Palestinian Lives Matter” (“Vidas Palestinas Importam”).

Uma testemunha reiterou que a agressão é remanescente dos atos executados por colonos ilegais israelenses contra palestinos, suas casas e propriedades, na Cisjordânia ocupada.

O grupo terrorista de extrema-direita ainda pichou a bandeira de Israel na janela e na fachada da loja, ao apropriar a Estrela de David como símbolo ultranacionalista judaico.

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Kimberly Hawkins, proprietária da loja, tornou-se alvo do lobby sionista por assumir uma atitude antirracista ao anunciar a reabertura do estabelecimento. No Instagram, em meio aos protestos internacionais contra racismo e brutalidade policial, declarou: “Aberto agora, a partir das 20h, para consumidores não-racistas”, ao inserir hashtags como #FreePalestine (Palestina Livre) e #ZionistsNotWelcome (sionistas não são bem-vindos).

Após a postagem de Hawkins, grupos antipalestinos incitaram uma forte reação, marcada por abusos, ofensas e ameaças. Hawkins foi chamada nas redes sociais de “puta suja palestina” e recebeu ameaças como “Vou queimar seu negócio!” e “Espero que sua família fique presa dentro da loja enquanto queima!”

A Liga de Defesa Judaica é considerada grupo de ódio pela organização americana Southern Poverty Law Center (Centro Legal de Pobreza do Sul) e acusada de executar atos terroristas pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI).

Aparentemente a JDL esteve na vanguarda das intimidações mais violentas; contudo, outros grupos de lobby pró-Israel também envolveram-se nas ameaças e agressões.

Segundo as informações, a organização sionista B’nai B’rith, supostamente em defesa dos direitos humanos, compartilhou dezenas de mensagens no Twitter sobre a rede Foodbenders, ao promover diferentes formas de destruir o empreendimento.

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Em uma das mensagens, o B’nai B’rith exortou seus apoiadores a “contactar a administração civil de Toronto, via email, para solicitar investigação do alvará de negócios do Foodbenders. Mencione o artigo 27 da lei n° 574-2000, que proíbe uso de negócio licenciado para ‘discriminar contra qualquer membro do público’, com base em ‘raça, cor ou credo’.”

Apenas na última semana, o Centro por Israel e Assuntos Judaicos (CIJA), lobby sionista no Canadá, tuitou ao menos 25 vezes sobre a pequena loja, notória por apoiar causas dos povos nativos, da comunidade negra (como o movimento Black Lives Matter) e outras pautas sociais.

Yves Engler, ativista e escritor de Montreal, relatou: “O CIJA e seus associados transformaram em alvo os serviços de entrega da loja Foodbenders, além de consumidores institucionais, o servidor de sua página na Internet e mesmo contas nas redes sociais”.

Segundo relatos, o lobby sionista conseguiu obter declarações diretas ou indiretas, sobre o pequeno negócio – cuja janela exibe a mensagem “Eu amo Gaza” –, de políticos de destaque, como o prefeito de Toronto John Tory, o premiê da província Ontário Doug Ford e mesmo o Primeiro-Ministro do Canadá Justin Trudeau.

Diversos outros grupos antipalestinos compartilharam mensagens de ameaça ou apoio aos esforços das entidades sionistas para destruir o empreendimento de Hawkins.

Informações sugerem que o Fórum Legal Internacional, com sede em Israel, registrou uma reclamação no Tribunal de Direitos Humanos de Ontário contra a proprietária do negócio.

O caso parece implicar, de modo bastante preocupante, em maiores abusos da definição de antissemitismo pela Aliança Internacional de Memória do Holocausto. A caracterização do grupo é controversa, pois incita campanhas de difamação pública, ao acusar arbitrariamente indivíduos e entidades de discriminação e associar críticas legítimas contra Israel e suas políticas a atos de racismo contra judeus.

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