A anexação de grande parte da Cisjordânia ocupada, planejada por Israel, não está atualmente na agenda do governo, disse na segunda-feira a ministra da Imigração e Integração, Pnina Tamano-Shata.
Em declarações à rádio Reshet Bet, a ministra enfatizou que o governo está atualmente colocando a luta contra o coronavírus no topo de suas prioridades. Ela sugeriu que havia pouca clareza geral sobre quando o assunto será discutido pelo governo e se isso realmente aconteceria.
Segundo o acordo de coalizão, disse Tamano-Shata, a questão da anexação seria tratada juntamente com outras medidas responsáveis. Se aprovada pelo gabinete, ela notou, seria enviada ao Knesset (parlamento) e coordenada com a comunidade internacional.
A ministra é membro do partido Azul e Branco, liderado pelo Ministro da Defesa e Primeiro Ministro Alternativo, Benny Gantz. Ela ressaltou que a data estabelecida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para o início do plano de anexação, em 1º de julho, não deve ter muito significado. Não havia nada de “sagrado” nisso.
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Enquanto isso, a Israeli Broadcast Corporation revelou novas condições americanas para a anexação do território palestino ocupado.
Fontes americanas citadas disseram que a Casa Branca está exigindo um acordo entre o Likud e Azul e Brando que mantenha a “estabilidade política” de Israel, enfatizando que isso não deve fazer parte de nenhuma campanha eleitoral.
As fontes acrescentaram que Washington quer “mudanças importantes” para os palestinos, incluindo a aprovação de Israel para a construção de milhares de unidades habitacionais palestinas e legalização das estruturas que o governo alega serem construídas sem licenças.
Apesar de nenhuma dessas demandas ser atendida e da atual crise da covid-19 em Israel, fontes do Likud ainda esperam que Netanyahu prossiga com o plano de anexação.