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Ordem que proibia o Manchester City de competir no futebol europeu é suspensa

Partida de futebol entre o Brighton & Hove Albion e o Manchester City, Inglaterra, 11 de julho de 2020 [Julian Finney/Getty Images]
Partida de futebol entre o Brighton & Hove Albion e o Manchester City, Inglaterra, 11 de julho de 2020 [Julian Finney/Getty Images]

Uma ordem que impedia a equipe de futebol britânica Manchester City de competir no futebol europeu por dois anos foi revogada ontem (13), pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

As informações são da agência Reuters.

Afirmou o tribunal, em veredito: “A maioria das supostas violações apresentadas pela Câmara Adjudicatória do CFCB [Corpo de Controle Financeiro de Clubes] da UEFA não se estabeleceu de fato ou prescreveu.”

Conforme as regulações de procedimento da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), nenhum clube pode ser processado por violações de Fair Play Financeiro (FFP) que ocorreram há mais de cinco anos. A suspensão original do Manchester City baseou-se em informações submetidas à entidade entre 2012 e 2016.

A ordem proibia o clube de competir em qualquer campeonato europeu, incluindo a Liga dos Campeões e a Liga da Europa, até a temporada de 2022-2023.

O Manchester City ocupa hoje o 2° lugar no campeonato nacional britânico (Premier League) e acolheu a deliberação: “O clube agradece as implicações da decisão de hoje, como validação da posição do clube e do corpo de evidências que pôde apresentar.”

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A proibição foi instaurada em fevereiro de 2020, após a UEFA declarar que o Manchester City sonegou fundos de ações na forma de patrocínio, de modo que a equipe poderia relatar ganhos maiores e superfaturar o custo de seus jogadores, em violação das regulações de FFP.

Segundo reportagem investigativa do jornal alemão Der Spiegel, publicada em 2015, a equipe manipulou índices financeiros oriundos da Etihad Airways, companhia aérea estatal de Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, ao declarar os recursos como patrocínio. De fato, a maior parte deste capital provinha do proprietário do clube, o sheikh Mansour bin Zayed al Nahyan, membro da família real emiradense.

As regulações de FFP, introduzidas no futebol europeu em 2011, submete às equipes que registrem o pagamento de seus jogadores e taxas de transferência conforme os ganhos anuais.

O objetivo de tais regulações é impedir crises financeiras nos clubes, após anos de excessos orçamentários, além de inibir o chamado “doping financeiro”, pelo qual equipes adquirem vantagens injustas ao sonegar custos dos melhores jogadores, com maiores salários.

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