Ministros de relações internacionais de onze países europeus requisitaram uma lista da União Europeia sobre as possíveis consequências do plano israelense de anexar ilegalmente partes da Cisjordânia ocupada.
Os ministros também querem uma lista de alternativas possíveis para a União Europeia, caso o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu avance com a anexação Tais informações aparentemente foram solicitadas pelo chefe de política internacional do bloco europeu Josep Borrell, em 15 de maio; porém, ainda sem resposta.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os ministros escreveram a Borrell e questionaram sobre as possíveis “consequências legais” da anexação, além das ramificações para acordos entre Israel e Europa. Tais tratados cobrem áreas como comércio, turismo, cooperação de segurança, pesquisa e desenvolvimento.
“A possível anexação israelense de partes do território palestino ocupado permanece assunto de grande preocupação para a União Europeia e seus estados-membros”, escreveram os ministros. “A anexação israelense de partes dos territórios palestinos ocupados representaria uma violação da lei internacional … [É importante] ter clareza sobre as implicações legais e políticas da anexação.”
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Israel previa começar a anexação de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada no início deste mês, mas incertezas rondam agora a posição do premiê israelense, diante de um repúdio internacional generalizado ao plano, além de divergências com o governo dos Estados Unidos sobre sua aplicação.
A carta expressou “grande preocupação” sobre os planos de anexação e foi assinada por ministros de relações exteriores da Irlanda, Itália, Bélgica, França, Portugal, Malta, Dinamarca, Suécia, Luxemburgo, Holanda e Finlândia.
“Compreendemos que este é um assunto sensível e que tempo para tanto é importante, embora seja também bastante curto”, escreveram os ministros. “Estamos preocupados que a janela para dissuadir a anexação esteja se fechando rapidamente.”
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