Hasan Yaacoub, ex-membro do Parlamento do Líbano, afirmou que a riqueza do país está concentrada nas mãos de apenas seis pessoas.
“[O Secretário Geral da ONU António Guterres] alega que 26 pessoas detêm metade da riqueza do mundo; no Líbano, apenas seis pessoas detêm a riqueza nacional e impedem auditorias financeiras que, caso ocorressem, revelariam o roubo que empobreceu o povo”, escreveu Yaacoub no Twitter.
ان السيد #غوتيريش قال ان ٢٦ شخص يملكون نصف ثروة العالم،
وفي #لبنان ٦ اشخاص فقط يملكون كل لبنان،
ويمنعون التدقيق المالي،
الذي لو حصل سيكشف كارثة السرقات التي افقرت كل الشعب،
ويريدون الآن ان يسرقوا املاك الدولة بالاموال المسروقة.— Hassan Yaacoub (@hasan_yaacoub) July 19, 2020
No início do mês, Yaacoub condenou os índices de pobreza entre o povo libanês “graças a seus oficiais com suas políticas e sua corrupção”.
Enquanto isso, um oficial do país árabe denunciou ao jornal Financial Times que os bancos libaneses “contrabandearam” quase US$ 6 bilhões para fora do país desde outubro, apesar de restrições fiscais impostas diante da crise monetária nacional.
A lira, moeda do Líbano, perdeu mais de 80% de seu valor desde outubro, quando protestos contra o governo tomaram as ruas. Embora oficialmente calculada em 1.507.5 liras para cada dólar, a moeda é comercializada atualmente em cerca de 9.000 liras para cada dólar, no mercado negro.
Não obstante, diante da alta demanda, dólares americanos estão cada vez mais escassos no Líbano.
A escassez de dólares, ao lado da rápida desvalorização da moeda nacional e de restrições bancárias informais, que limitam o quanto é possível sacar semanalmente e proíbem a maioria das transferências internacionais, dificultaram a própria subsistência dos cidadãos libaneses.
A crise econômica e social é exacerbada pela pandemia de coronavírus.
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