Ativistas pró-Palestina lançaram uma campanha online reivindicando que o Google e a Apple integrem a Palestina aos mapas da região, ao acusar as gigantes da internet de tentar apagar a identidade palestina e alterar fatos para que satisfaçam objetivos de Israel e Estados Unidos
“Segundo o Google, a Palestina não existe”, declara uma petição com mais de um milhão de assinaturas, publicada no website change.org. “Deliberadamente ou não, o Google torna-se cúmplice da limpeza étnica da Palestina, conduzida pelo governo israelense.”
O Google tem substituído nomes de cidades e aldeias palestinas por nomes israelenses, levando a receios de que o mecanismo de busca esteja normalizando os esquemas de anexação israelense de grandes partes da Cisjordânia ocupada, conforme o controverso “plano de paz” do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, anunciado em janeiro.
“Omitir a Palestina é um grave insulto ao povo palestino e sabota efetivamente os esforços de milhões de pessoas envolvidas na campanha para assegurar a independência e a libertação da Palestina, diante da ocupação e opressão israelense”, destaca a petição.
A campanha ainda exorta o Google e outras companhias a “designar e identificar claramente os territórios palestinos ilegalmente ocupados por Israel.”
A petição foi lançada inicialmente em 2016, mas ganhou novo impulso no último fim de semana.
Nota: Esta página foi atualizada às 21h13 em 27 de julho para acrescentar o fato de que a petição foi lançada há quatro anos. Também corrigimos a linguagem para especificar que a petição pede a adição da Palestina aos mapas, não sua “devolução”. A Palestina, como país, não aparece nas versões anteriores do Google Maps.
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