O Departamento de Comércio dos Estados Unidos adicionou onze empresas chinesas a sua lista de sanções econômicas, devido a violações de direitos humanos executadas pela China contra a comunidade uigur na região autônoma de Xinjiang.
Em nota, o Escritório de Indústria e Segurança (BIS), subjugado ao departamento americano, adicionou à lista empresas que considera implicadas em violações e abusos de direitos humanos, conforme campanha do governo chinês de “repressão, detenção arbitrária em massa, trabalho forçado, coleta involuntária de dados biométricos e análises genéticas contra minorias islâmicas na região autônoma uigur de Xinjiang.”
O Secretário de Comércio dos Estados Unidos Wilbur Ross afirmou que as empresas em questão utilizaram trabalho forçado realizado por uigures e outras minorias islâmicas da região. “Pequim promove ativamente práticas repreensíveis de trabalho forçado, coleta abusiva de DNA e esquemas de análise para reprimir seus cidadãos”, afirmou Ross.
“Beijing actively promotes the reprehensible practice of forced labor and abusive DNA collection and analysis schemes to repress its citizens,” said @SecretaryRoss.
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— U.S. Commerce Dept. (@CommerceGov) July 20, 2020
Secretário de Comércio dos EUA acusa a China de utilizar trabalho forçado e outros abusos
Os uigures são um grupo étnico islâmico que, em sua maioria, fala um idioma próprio de origem turcomana. Habitam a região noroeste da China, em Xinjiang, e são frequentemente submetidos a perseguição étnica e religiosa por autoridades chinesas. A ONU relatou que, nos anos recentes, mais de um milhão de uigures foram confinados a campos de detenção.
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