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Estados Unidos impõem novas sanções a empresas chinesas por violações contra o povo uigur

Manifestação em apoio ao povo uigur e contra violações de direitos humanos cometidas pela China, em 27 de dezembro de 2019 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]
Manifestação em apoio ao povo uigur e contra violações de direitos humanos cometidas pela China, em 27 de dezembro de 2019 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos adicionou onze empresas chinesas a sua lista de sanções econômicas, devido a violações de direitos humanos executadas pela China contra a comunidade uigur na região autônoma de Xinjiang.

Em nota, o Escritório de Indústria e Segurança (BIS), subjugado ao departamento americano, adicionou à lista empresas que considera implicadas em violações e abusos de direitos humanos, conforme campanha do governo chinês de “repressão, detenção arbitrária em massa, trabalho forçado, coleta involuntária de dados biométricos e análises genéticas contra minorias islâmicas na região autônoma uigur de Xinjiang.”

O Secretário de Comércio dos Estados Unidos Wilbur Ross afirmou que as empresas em questão utilizaram trabalho forçado realizado por uigures e outras minorias islâmicas da região. “Pequim promove ativamente práticas repreensíveis de trabalho forçado, coleta abusiva de DNA e esquemas de análise para reprimir seus cidadãos”, afirmou Ross.

 

Secretário de Comércio dos EUA acusa a China de utilizar trabalho forçado e outros abusos

Os uigures são um grupo étnico islâmico que, em sua maioria, fala um idioma próprio de origem turcomana. Habitam a região noroeste da China, em Xinjiang, e são frequentemente submetidos a perseguição étnica e religiosa por autoridades chinesas. A ONU relatou que, nos anos recentes, mais de um milhão de uigures foram confinados a campos de detenção.

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