Uma nova previsão econômica das economias árabes das Nações Unidas pinta uma imagem sombria da região. Espera-se que a disseminação da pandemia de coronavírus exija um alto preço, causando contração de 5,7% nas economias e perda de cerca de US$ 152 bilhões.
A previsão para alguns países árabes é mais sombria, com economias que devem diminuir em até 13%, segundo o relatório compilado pela Comissão Econômica e Social da ONU para a Ásia Ocidental.
Outras 14,3 milhões de pessoas podem ser empurradas para a pobreza, elevando o número total para 115 milhões – um quarto da população árabe total, informou o relatório.
Com mais de 55 milhões de pessoas na região contando com ajuda humanitária antes da crise da covid-19, incluindo 26 milhões de pessoas que foram deslocadas à força, muitos países devem enfrentar o fardo adicional.
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Embora os países árabes tenham agido rapidamente para lidar com a disseminação do coronavírus, impedindo a taxa de morte observada no Reino Unido e nos EUA, eles enfrentam uma tarefa impossível de proteger suas economias da antecipada recessão global na era pós-coronavirus.
Um relatório separado publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no início deste mês pintou uma imagem mais sombria para os países do Golfo. Espera-se que os estados ricos em petróleo vejam suas economias encolher em até 7,6%, concluiu o órgão monetário.
Apesar da previsão deprimente, a ONU instou os países árabes a ver isso como uma oportunidade. “Transforme esta crise em uma oportunidade” e trate de questões de longa data, incluindo instituições públicas fracas, desigualdade econômica e dependência excessiva de combustíveis fósseis, disse Rola Dashti, chefe da comissão da ONU. “Precisamos investir em sobrevivência – sobrevivência de pessoas e sobrevivência de empresas”, acrescentou.
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