Síria cobra 100 dólares pelo teste do covid-19 para quem deixar o país

O regime sírio do presidente Bashar Al-Assad impôs uma taxa de US$ 100 a quem viaja para fora do país para fazer o teste do Covid-19. A medida visa aumentar a aquisição de dólares pelo regime.

O Ministério da Saúde disse em sua página no Facebook que todos os que procuram sair da Síria, independentemente de sua nacionalidade, devem pagar US $ 100 ou uma quantia equivalente para viajar por terra até o Aeroporto de Beirute. A rota pelo Líbano tem sido a maneira mais fácil de viajar de e para territórios controlados pelo regime desde o início da guerra civil em 2011.

Os testes de coronavírus devem ser realizados em um dos quatro centros de teste aprovados. Os futuros viajantes devem apresentar todos os documentos de viagem, ir ao Banco Central e pagar a taxa. Com o recibo do banco, eles podem fazer o teste.

A decisão do ministério significa que os viajantes devem obter sua passagem pelo menos 24 horas antes do voo e ter um resultado negativo no teste 48 horas ou menos antes da decolagem. As autoridades do aeroporto de Beirute não permitirão que ninguém embarque em um voo sem provas de que não possuem o vírus.

O processo foi criticado nas mídias sociais na Síria e no Líbano. Questionando o alto preço do teste de vírus, a ineficiência do procedimento e a localização dos centros de teste em Damasco, muitas postagens online apontam que o teste custa cerca de US$ 25 no Líbano e apenas US$ 20 no próprio aeroporto de Beirute.

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O regime de Assad está desesperadamente com falta de moeda estrangeira, especialmente dólares americanos. Ele também quer contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países, que se tornaram um fardo com a recente Lei Caesar entrando em vigor.

A taxa de teste do Covid-19 foi introduzida apenas algumas semanas depois que as autoridades sírias impuseram um requisito para quem entra no país para converter US$ 100 em moeda síria na fronteira.