Um total de 14.423 pessoas foram documentadas como torturadas até a morte, desde 2011, quando teve início a guerra civil na Síria, ainda em curso, revelou a Rede Síria para Direitos Humanos, com sede no Reino Unido. Mais de 98% das vítimas foram mortas pelo regime do Presidente Bashar al-Assad.
Segundo a organização, todas as principais partes em combate na Síria são culpadas de tortura e violações de direitos humanos. Entretanto, o regime de Assad é de longe o maior perpetrador, responsável direto pela morte de 14.249 pessoas, por meio de tortura extensiva.
Chart showing distributed torture fatalities death toll in #Syria from Mar 2011-Jul 2020, totaling 14,423 ppl. The Syrian regime is the main party using lethal torture, with SNHR documenting its killing of 14,249 ppl, incl. 173 children & 46 women.https://t.co/HhnDx8IFa9 pic.twitter.com/xSfHIjLa0r
— Syrian Network (@snhr) July 18, 2020
Índices de morte sob tortura distribuídos entre as partes em conflito na Síria; Assad é o principal perpetrador da prática, incluindo contra 173 crianças e 46 mulheres
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As Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos, são responsáveis por 52 mortes sob tortura, enquanto o Exército Nacional da Síria (ENS) é culpado por 43 mortes. O Estado Islâmico (Daesh) executou 32 pessoas sob tortura, incluindo 14 mulheres. Grupos islâmicos de oposição, como Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), são responsáveis por 26 mortes.
Os índices incluem 63 mulheres e 179 crianças. Novamente, as forças de segurança do regime são as principais culpadas por tais casos de morte sob tortura.
“O regime sírio aplica tortura para vingar-se da oposição”, alertou a organização humanitária em junho. Em relatório, registrou 72 métodos de tortura física, psicológica e sexual, aplicados pelo governo contra seus prisioneiros.
Cidadãos detidos pelo regime de Assad sofrem ainda da grave precariedade das condições sanitárias nas prisões. A maioria dos complexos prisionais abriga cerca de cinquenta pessoas em celas que possuem, em média, apenas 24 m² de área.
Segundo fontes da oposição, ao menos 500.000 pessoas estão mantidas atualmente sob custódia da rede penitenciária do regime. Muitas estão desaparecidas; suas famílias não têm qualquer informação sobre o paradeiro ou condições dos prisioneiros.
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