Na sexta-feira (24), o Exército de Israel anunciou que helicópteros de suas forças armadas atingiram alvos militares na Síria, em resposta a morteiros disparados em direção às Colinas de Golã, território sírio ocupado pelo estado sionista.
As informações são da agência Reuters.
A agência de notícias síria SANA, de caráter estatal, mencionou uma fonte militar ao revelar que helicópteros israelenses atingiram três postos avançados na área de Quneitra, norte da Síria, com mísseis teleguiados antitanque, resultando em dois feridos e alguns focos de incêndio florestal.
O ataque ocorreu apenas algumas horas após explosões serem ouvidas em uma área de Golã controlada pela Síria, segundo relatos do exército israelense. Nenhuma baixa foi reportada, mas um edifício e um veículo de Israel foram danificados, conforme as informações.
Tensões escalaram nesta semana ao longo da fronteira entre Síria e Israel, após um combatente do grupo libanês xiita Hezbollah, ligado ao Irã, ser morto em aparente ataque israelense nos limites de Damasco, capital da Síria, na última segunda-feira (20).
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O exército israelense anunciou então que intensificou sua presença no fronte norte, onde faz fronteira com o Líbano e a Síria.
Após a morte de dois membros do Hezbollah, também em Damasco, em agosto de 2019, o líder do grupo libanês Sayyed Hassan Nasrallah prometeu retaliar caso Israel executasse algum outro integrante de suas forças em território sírio.
O Hezbollah empregou combatentes na Síria como parte dos esforços iranianos para conceder apoio efetivo ao Presidente Bashar al-Assad, diante da guerra civil no país, que eclodiu após o regime sírio reprimir violentamente protestos por democracia, em 2011.
Israel vê a presença do Hezbollah e do Irã em território sírio como ameaça estratégica. Deste modo, realiza com frequência investidas contra alvos ligados a forças iranianas na região.
O estado sionista capturou e passou a ocupar ilegalmente as Colinas de Golã da Síria durante a chamada Guerra dos Seis Dias, no Oriente Médio, em 1967.
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