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EUA informam Conselho de Segurança sobre apreensão de navio iraniano na costa do Iêmen

Embaixadora dos Estados Unidos na ONU Kelly Craft deixa um almoço realizado por Jared Kushner – genro e conselheiro sênior de Donald Trump – com representantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sede da Missão Permanente dos Estados Unidos, em Nova Iorque, 6 de fevereiro de 2020 [Tayfun Coskun/Agência Anadolu]
Embaixadora dos Estados Unidos na ONU Kelly Craft deixa um almoço realizado por Jared Kushner – genro e conselheiro sênior de Donald Trump – com representantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sede da Missão Permanente dos Estados Unidos, em Nova Iorque, 6 de fevereiro de 2020 [Tayfun Coskun/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos notificaram formalmente o Conselho de Segurança da ONU na terça-feira (28) sobre a apreensão de um navio de armas iraniano na costa do Iêmen.

“Gostaria de atrair a atenção do conselho aos eventos de 28 de junho, quando Estados Unidos e forças parceiras interceptaram um navio na costa iemenita, que continha armas iranianas destinadas ao grupo houthi”, declarou Kelly Craft, Embaixadora dos Estados Unidos na ONU, durante sessão especial do Conselho de Segurança sobre o Iêmen.

“A carga ilícita do navio incluía 200 RPGs, mais de 1.700 rifles AK, 21 mísseis terra-ar, mísseis de assalto, mísseis antitanque e outros armamentos avançados”, detalhou Craft; contudo, sem esclarecer o destino do navio apreendido.

Craft observou: “[O Iêmen] não precisa de mais armas. O Irã deve dar fim a seus esforços para armar os houthis, porque isso só prolonga conflito.”

Em sua declaração, Craft exortou o governo iemenita e o movimento rebelde houthi a “reduzir tensões em solo e retomar o compromisso com uma solução política mediada pelas Nações Unidas”. Indicou, no entanto, que ataques houthis fora da fronteira iemenita frustram esforços para chegar a um acordo no Iêmen, além de incitar o confronto.

O Irã nega fornecer armas aos houthis. Porém, estudos da ONU confirmam a existência de armamentos iranianos utilizados pelos houthis contra a intervenção militar da Arábia Saudita.

LEIA: Rebeldes houthis acusam enviado da ONU de prolongar a guerra no Iêmen

O Iêmen está em guerra desde 2014, quando os houthis tomaram a capital Sana’a e a maior parte das províncias do país, forçando o Presidente Abdrabbuh Mansur Hadi e seu governo reconhecido internacionalmente a fugir da cidade.

Em março de 2015, a Arábia Saudita compôs uma coalizão militar para intervir no Iêmen, em apoio ao governo de Hadi. Desde então, conduz sucessivos ataques aéreos contra os houthis em diversos frontes e em áreas controladas pelo grupo rebelde. Em resposta, o grupo rebelde disparou foguetes contra o território saudita.

Dezenas de milhares foram mortos como resultado na guerra; estimativas sugerem que mais de 100.000 iemenitas foram mortos nos últimos cinco anos. O conflito no país também criou a maior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

Estudos das Nações Unidas revelam ainda que cerca de 24 milhões de iemenitas dependem de assistência ou proteção humanitária, incluindo dez milhões de pessoas que dependem de assistência alimentar para sobreviver.

LEIA: As vidas das crianças do Iêmen também importam; a guerra deve ter fim

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