No sábado (1°), o Irã alegou que suas forças de inteligência detiveram o líder de um grupo monarquista que reside nos Estados Unidos, acusado de executar um atentado à bomba em 2008, que resultou na morte de 14 pessoas, além de planejar outros ataques.
As informações são da agência Reuters.
A televisão estatal iraniana mencionou um comunicado do ministério da inteligência, mas não concedeu detalhes de como, onde ou quando a suposta prisão de fato ocorreu. Afirmou apenas que decorreu de “operação complexa”.
“Jamshid Sharmahd, líder do grupo terrorista Tondar (Trovão), que coordenou atos armados e terroristas no Irã, a partir dos Estados Unidos, foi preso após uma operação complexa; está agora nas mãos de nossos poderosos agentes”, alegou a nota oficial.
O Tondar não confirmou a prisão. Em resposta a relatos do “sequestro” de Sharmahd, o grupo anunciou em seu website que não confirma “histórias contadas por diversas redes”.
Entretanto, em postagem nas redes sociais, declarou:
Tondar … continuará a lutar mesmo na ausência de um comandante.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos não comentou imediatamente sobre o caso.
Com sede em Los Angeles, a pouco conhecida Assembleia do Reino do Irã, ou Tondar, alega ter como objetivo a restauração da monarquia iraniana, deposta pela Revolução Islâmica de 1979. A organização possui estações de televisão e rádio de oposição ao regime iraniano, no exterior.
Segundo o site do grupo, Sharmahd é engenheiro eletrônico, nascido em março de 1955, com cidadania germano-iraniana. Residiu na Alemanha, antes de mudar-se para os Estados Unidos, em 2003.
O comunicado oficial do Irã acusa Sharmahd de planejar e coordenar uma explosão executada contra um centro religioso na cidade de Shiraz, sul do país, em 2008, que resultou na morte de 14 pessoas e 215 feridos.
A nota ainda alega ter abortado uma série de outros atentados, nos anos recentes, incluindo a explosão do santuário do Aiatolá Ruhallah Khomeini, falecido fundador da República Islâmica. A inteligência iraniana, no entanto, não detalhou quando ou como frustrou o ataque.