Tammam Salam, ex-premiê do Líbano, negou receber qualquer correspondência ou informação sobre a chegada de navios carregados com materiais químicos perigosos, no porto de Beirute, o que aparentemente causou a explosão mortal na capital, na última terça-feira (3).
As informações são da agência Anadolu.
Em declaração divulgada neste domingo (9), a assessoria de imprensa de Salam alegou que sua ciência sobre a chegada da embarcação com materiais químicos a Beirute são “falsas ou inverdades”.
Anteriormente, relatos de mídia sugeriram que uma corte libanesa havia ordenado a embarcação a descarregar seus produtos no porto de Beirute, durante a gestão de Salam como primeiro-ministro.
Salam serviu como premiê libanês entre fevereiro de 2014 e dezembro de 2016.
Diante das potenciais acusações sobre sua responsabilidade no episódio, Salam renovou apelos para compor uma comissão internacional que investigue a explosão devastadora, que resultou em 158 mortos e mais de 6.000 feridos, até então.
Milhares de cidadãos libaneses foram desabrigados.
Oficiais afirmaram que a explosão foi causada pela combustão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, armazenadas indevidamente no porto de Beirute, pelos últimos seis anos.
O governo instalou um comitê para investigar o incidente, que atingiu um país já devastado pela crise econômica sem precedentes e pela pandemia de coronavírus.
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