Libaneses se reuniram em Beirute, na terça-feira (11), para um minuto de silêncio em homenagem àqueles que morreram na explosão devastadora da semana passada.
A celebração aconteceu perto das ruínas do porto da cidade, com o chamado muçulmano à oração transmitido ao lado dos sinos da igreja às 18h08, horário local (15h08 GMT) – o exato momento em que um estoque de 2.750 toneladas de nitrato de amônio explodiu.
A explosão deixou mais de duzentos mortos, mais de seis mil feridos e destruiu grandes partes da cidade, deixando mais de trezentos mil desabrigados.
As autoridades acreditam que a explosão, que foi sentida tão longe quanto Chipre, foi causada por nitrato de amônio que havia sido armazenado de forma inadequada no porto por seis anos. O produto químico geralmente é usado para fazer bombas.
De acordo com a Reuters, o Diretor Geral da Alfândega de Beirute, Badri Daher, supostamente escreveu ao “juiz de questões urgentes” do Líbano em 2014, 2015, 2016 e 2017, alertando para o perigo de armazenar tais itens no porto e pedindo que a substância fosse retirada, exportada ou vendida.
Para muitos libaneses, a explosão foi a gota d’água em uma crise prolongada desde o colapso da economia no ano passado, juntamente com a corrupção e um governo disfuncional.
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Desde então, os manifestantes vêm exigindo uma revisão completa do sistema político.
Na segunda-feira, o governo do primeiro-ministro Hassan Diab renunciou em resposta aos protestos em massa no país, mas os manifestantes temem que isso só possa levar a uma reorganização das mesmas faces no governo e nenhuma mudança real na autoridade. Eles pediram uma revisão completa do sistema político do país.