Essam El-Erian, alto dirigente da Irmandade Muçulmana, morreu hoje na famosa Prisão dos Escorpiões, ao sul do Cairo, aos 66 anos de idade, de acordo com várias fontes.
A mídia local, incluindo os jornais Al-Youm Al-Sabe e El-Watan, relataram que El-Erian morreu após sofrer um ataque cardíaco em sua cela na prisão de Tora – também conhecida como Prisão Escorpião.
A BBC citou informação do advogado de El-Erian, cujo nome não foi mencionado, de que as autoridades alegaram que seu cliente havia morrido de causas naturais.
O advogado explicou que ele e a família de El-Erian não poduderam visitá-lo há cerca de seis meses, depois que as autoridades suspenderam as visitas às prisões, supostamente como precaução para evitar a propagação do coronavírus.
El-Erian ocupou vários cargos na agora proscrita Irmandade Muçulmana, incluindo o de vice-presidente do braço político do grupo – o Partido da Liberdade e Justiça, antes de ser preso após o golpe militar contra o presidente Mohamed Morsi em julho de 2013.
Ele foi condenado a várias sentenças de prisão perpétua nos anos que se seguiram à queda de Morsi. Organizações de direitos humanos confirmaram que todas as acusações contra ele foram politizadas e são uma forma de retaliação contra ex-homens públicos que se recusaram a aceitar o golpe contra Morsi.
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