Wilayat Sinai, afiliado ao Daesh no nordeste da península do Egito, executou quatro pessoas por suposta cooperação com o exército egípcio no Sinai do Norte, informou Al-Arabi Al-Jadeed citando fontes nativas.
A execução ocorreu na cidade de Bir Al-Abd, no norte do Sinai.
Nas últimas três semanas, Wilayat Sinai, que jurou lealdade ao Daesh em 2014, controlou cinco cidades nas proximidades de Bir Al-Abd – Rabaa, Katiya, Aktiya, Janayen e Merih.
Três meses atrás, três outros egípcios foram executados pelo grupo afiliada ao Daesh na província do Sinai do Norte. Sua execução ocorreu ao sul de Sheikh Zouweid.
O grupo militante tem repetidamente alvejado vítimas da comunidade Sawarka, acusada de cooperar com as autoridades egípcias e aparatos de segurança.
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O Egito vem travando uma longa guerra ao terror na Península do Sinai, que se intensificou durante a ascensão do presidente Abdel Fattah Al-Sisi ao poder.
Moradores descreveram como uma guerra contra civis, devido às medidas punitivas que são aplicadas contra a população local e os abusos registrados neste último vídeo confirmam as violações sistemáticas de direitos que estão ocorrendo lá.
O governo tomou grandes medidas para controlar a narrativa, promovendo a ideia de que está lutando uma guerra justa contra o terrorismo e ao mesmo tempo proibindo jornalistas e defensores dos direitos humanos de entrar na península.
Grupos humanitários e de direitos humanos questionaram a capacidade do Egito de combater o terrorismo, uma vez que se estima que existam apenas 1.000 militantes em qualquer momento na península, mas sete anos depois a guerra continua.
Um relatório recente da ONU levantou sérias preocupações sobre o abuso das leis antiterror do Egito para aumentar as violações de direitos na península, incluindo a suspensão de escolas no norte do Sinai.