Uma equipe de hackers da Coreia do Norte rompeu as linhas de segurança israelenses e invadiu seu sistema de computadores, segundo a empresa internacional de segurança digital ClearSky.
Embora Israel tenha minimizado o incidente, ao alegar que o ataque foi frustrado em tempo real, sem qualquer “dano ou distúrbio” a seus computadores, há receios de que dados sensíveis obtidos pela invasão possam ser compartilhados com o Irã.
A ClearSky, cujos pesquisadores foram os primeiros a expor o ataque, afirmou que os hackers – identificados como grupo Lazarus – provavelmente conseguiram roubar uma grande quantidade de dados confidenciais, que podem ser utilizados contra o estado sionista.
Apesar de não mencionar as formas como Israel pode ser atacado, recentes invasões cibernéticas ao seu sistema de águas destacam a vulnerabilidade do estado sionista a ofensivas do tipo.
O Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz admitiu ontem (13) o incidente executado pelo grupo Lazarus. “Membros da organização utilizaram diversas técnicas de hackeamento, incluindo ‘engenharia social’ e falsificação”, ao criar perfis falsos na rede profissional LinkedIn, relatou Gantz ao jornal Times of Israel.
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Segundo os relatos, o grupo Lazarus buscou seduzir figuras de destaque da indústria militar israelense com oportunidades lucrativas de emprego. Os hackers se passaram por gerentes, diretores executivos e chefes da iniciativa privada, ao contactar oficiais das principais indústrias de defesa de Israel.
A invasão ocorreu ao enviar ofertas de emprego aos oficiais israelenses. “No processo de envio de ofertas profissionais, os hackers tentaram comprometer os computadores dos funcionários, infiltrar-se em suas redes e obter informação sensível de segurança. Tentaram também utilizar websites oficiais de diversas empresas para hackear seus sistemas”, conforme declaração.
Israel é o último país a tornar-se alvo da unidade de hackers da Coreia do Norte. Oficiais americanos e israelenses alegam que o grupo Lazarus, também conhecido como Hidden Cobra, recebe apoio do governo norte-coreano, em Pyongyang.
Em julho, uma organização autodenominada Cyber Avengers anunciou ter atingido mais de 150 servidores industriais do sistema ferroviário israelense, afetando operações de 28 estações de trem e metrô. O grupo também divulgou uma mapa da rede ferroviária israelense, identificando os alvos, incluindo as estações de Jerusalém, Universidade de Tel Aviv e Ben Gurion.
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