A Agência de Segurança do Estado dos Emirados Árabes Unidos prendeu secretamente dezenas de emiratis, palestinos e jordanianos que vivem nos Emirados Árabes Unidos por se oporem ao acordo de paz de Abu-Dhabi com Israel.
O site da Emirates Leaks divulgou informações de fontes de direitos humanos de que os cidadãos dos Emirados foram presos após expressarem sua oposição ao acordo em reuniões privadas ou nas redes sociais.
Os oponentes dos Emirados que vivem no exílio rejeitaram categoricamente o acordo e o descreveram como “traição à nação e ao povo”, bem como “uma mancha no rosto do regime”.
Uma pesquisa de opinião conduzida pelo Instituto de Washington para a Política do Oriente Próximo revelou que 80 por cento dos Emirados se opõem ao estabelecimento de relações com Israel.
Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo de paz entre os Emirados Árabes Unidos e Israel mediado por Washington.
Abu Dhabi disse que o acordo foi um esforço para evitar a anexação planejada de Tel Aviv da Cisjordânia ocupada. No entanto, os oponentes acreditam que os esforços de normalização estão iminentes há muitos anos, já que autoridades israelenses fizeram visitas oficiais aos Emirados Árabes Unidos e participaram de conferências no país que não tinha laços diplomáticos ou outros com o estado de ocupação.
LEIA: ‘Nosso embaixador jamais voltará aos Emirados Árabes Unidos’, afirma Autoridade Palestina